A entrevista de Nuno Moreira para a prensa portuguesa

Por fundura do Carnaval, Nuno Moreira decidiu malparar uma mudança para o outro lado do Atlântico. O extremo formado no Sporting trocou a temporada mais produtiva porquê sénior (9 golos até fevereiro) por uma proeza no Vasco da Gama, um clube mergulhado em turbulência e numa veras distante. Aos 25 anos, o extremo mudou-se para um território pouco explorado pelos jogadores portugueses. Três semanas depois de deixar os gansos, Nuno Moreira marcava no Maracanã ao Flamengo. 

“Nós [Casa Pia] estávamos numa boa tempo [vitórias sobre Benfica, Braga e Estrela da Amadora], mas eu também achava que estava a fazer uma boa quadra e que queria ir para outros campeonatos. E, depois, quando apareceu a proposta do Brasil, ao princípio também fiquei um pouco reticente, por ser muito longe e por não ter havido assim tantos jogadores portugueses neste campeonato. Fui procurar um pouco sobre o Vasco [da Gama], sobre a Liga também e vi que tinha muitos jogadores que estavam a ir da Europa para o Brasil”, conta à TSF.

Nuno Moreira decidiu “dar uma chance” e deixar-se contaminar pela novidade veras. “Eu acho que a maior segmento das pessoas não tem noção de quão grande é o Vasco e de tantos adeptos que tem e também, simples, coligado a isso, a pressão de jogar muito e de lucrar jogos também aumenta”, afirma. 

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Há uma verificação provável e curiosa na cabeça de Nuno Moreira, os adeptos do Vasco da Gama fazem-no recordar a passagem por Vizela ou as raízes dele em Espinho. “Os adeptos são parecidos com os adeptos do Setentrião de Portugal, porque não diria jogar muito, mas no mínimo temos de deixar tudo em campo, ser agressivos, jogar com garra, digamos assim. Isso é o que eles nos cobram mais”, assinala o extremo português, agora com 26 anos.

Às voltas pelo Brasil

“Esta é a minha primeira experiência fora de Portugal, logo eu também não sabia muito muito o que ia encontrar, que dificuldades ia sentir. São as saudades da família, as saudades da comida, porque há sempre aquelas comidas mais específicas de Portugal que deixam um pouco de saudade. E depois eu acho que a outra dificuldade também é em termos de viagens, na gestão fora do campo, porque temos jogos muito seguidos e com viagens longas”, refere. Viagens seguidas de outras viagens, muito tempo pretérito no avião. 

Do Carnaval até nascente mês de setembro já contou 36 jogos com a camisola do Vasco da Gama, o Gigante da Colina. “Desde que cheguei ao Brasil, tentei sempre procurar saber mais e aliar-me a pessoas que percebem mais disso do que eu. Eu lembro que, no início, quando fiz os meus primeiros cinco jogos, com jogos a meio da semana, no sexto senti-me muito, muito desgastado, até que o treinador decidiu dar-me qualquer folga.”

Essa guerra contra o corpo e pelo corpo define a veras do futebol brasiliano, também para quem chega da Europa. “Nós temos a vida de equipas que jogam a Champions League ou a Liga Europa, em que tem de estar sempre a voar e a jogar de quarta-feira a domingo. Foi também uma das principais coisas que tentei melhorar em relação à minha vida fora do campo. Tentei ter alguém que tratasse da nutrição e me explicasse melhor o que eu tinha que fazer para restabelecer mais rápido. São muitos jogos e, com as viagens, nem sempre conseguimos dormir o que deveríamos dormir.”

Dessas viagens pelo Brasil, Nuno Moreira já guarda algumas memórias. “O estádio que mais me surpreendeu foi o São Januário, a nossa fortaleza. Fiquei muito entusiasmado quando fui ver o primeiro jogo contra o Botafogo, foi para o campeonato carioca porque o estádio tem um envolvente excecional. Tivemos grandes jogos no Morumbi, que é o estádio de São Paulo, jogar no Maracanã que também é um estádio muito emblemático cá no Brasil e tendo a sorte que o jogo me correu muito, lá o primeiro jogo que eu fiz [contra o Flamengo].”

O futebol de Fernando Diniz e a parceria com Coutinho e Rayan

O Vasco da Gama vem de uma goleada recente (6-0) sobre o Santos de Neymar e Nuno Moreira já marcou meia dúzia de golos e soma outras tantas assistências. “Nesta última tempo, estou a ter bons jogos, bons números. Ainda me está a passar melhor, logo estou muito feliz por isso (…) Estamos muito otimistas que, nesta segunda volta do Brasileirão, vamos conseguir melhorar o desempenho e fazer melhores jogos”, nota o extremo. 

A equipa do Vasco da Gama é orientada agora por Fernando Diniz, idoso selecionador interino do Brasil, vencedor da Despensa Libertadores pelo Fluminense, espargido pelo estilo de jogo das suas equipas. 

“A principal diferença é fácil de explicar. Quando estamos em organização ofensiva, normalmente, a maior segmento dos treinadores pedem que estejamos mais estáticos e na nossa posição. E ele [Fernando Diniz] quer precisamente o contrário, quer mobilidade, que cada jogador saia da posição, que vá para zonas para confundir a marcação. E lá está, eu acredito que isso me esteja a valorizar enquanto jogador, porque acabo por receber mais bolas sozinho, de andejar em todo o lado do campo.”

“Sou um jogador que parto da esquerda, mas sempre gostei de jogar no meio do campo. Acredito que a perceptibilidade ajuda muito a conseguir jogar neste sistema. Em relação aos outros jogadores, simples que me sinto um felizardo por partilhar o campo com Coutinho ou Rayan”, assinala. “Coutinho, que já deu muitas provas na curso dele, e o Rayan é um miúdo que se está a mostrar agora, mas que tem evoluído muito, um jogador que já não tem zero a ver o que encontrei quando o conheci.”

Rayan foi associado ao Futebol Clube do Porto no fecho da janela de transferências de verão em Portugal. Nuno Moreira espera que o jogador de 19 anos continue em São Januário. “Tive a sorte de o ter apanhado agora, porque acredito que vá ser muito difícil de segurar. Digo isto infelizmente para nós, porque para mim eu jogava com ele cá no Vasco o resto da minha curso. Mas ele tem todas as condições físicas e técnicas para chegar à seleção [do Brasil] e jogar nos melhores clubes da Europa.

Sobre Philippe Coutinho, Nuno Moreira admite que gosta de o ter por perto. “Paladar de o ver a treinar para tentar perceber porquê ele vê o jogo e o que ele faz, os movimentos que ele faz. Mas é muito difícil replicar as ações dele (risos) porque é um jogador referto de talento. Só me resta aproveitar enquanto jogo ao lado dele.”

A seleção porquê sonho e o Morada Pia 2024/2025

Porquê Rayan, que desponta no Vasco da Gama aos 19 anos, Nuno Moreira também admite o sonho de simbolizar a seleção AA de Portugal. “Eu acho que a seleção não é tanto um objetivo, mas é mais um sonho, logo eu acabo por me concentrar muito mais no meu dia a dia e fazer as coisas certas no Vasco, porque eu sei se tiver bons desempenhos cá coletivamente e individualmente, poderá terminar por chegar a essa tempo em que posso ser chamado.” 

Passará também pela cabeça de um idoso companheiro de sector no Morada Pia a imagem da camisola da seleção. Nuno Moreira recorda a relação com Leonardo Lelo – agora no Sporting de Braga, cinco assistências em sete jogos em 2025/2026 -, de quem se mantém próximo. 

“Leonardo Lelo é alguém que continuei a seguir. Nós acabámos por nos apegar um ao outro até pela posição no campo. Eu sempre adorei jogar com ele porque é um jogador muito inteligente e com muita qualidade. Dito isto, não me surpreende nascente arranque que ele faz no Braga”, refere.

Também o treinador João Pereira (33 anos, segunda temporada no Morada Pia) merece elogios de Nuno Moreira. “Eu acho que o Morada Pia me deu todas as condições para que eu pudesse fazer a minha melhor quadra. Falando do mister [João Pereira], eu acredito que pode estar num outro nível, até pela idade que ele tem, é muito novo. Todos os dias evolui e eu tenho falado com os meus colegas do Morada Pia e que me dizem o mesmo, que todos os dias há uma evolução enorme logo. Eu acredito, sim, que ele possa aspirar clubes maiores e coisas melhores para a curso dele.”

Depois da pausa das seleções, o Vasco da Gama um jogo que pode ajudar a definir a temporada, o duelo com o Botafogo nos quartos de final da taça, a segunda mão depois do empate a um golo no primeiro jogo em São Januário. “A Copa do Brasil é claramente um objetivo para nós, queremos vencer a competição porque a instituição Vasco da Gama assim o exige e depois no campeonato é tentar melhorar o sumo provável para chegar o mais tá na classificação provável.”

Nuno Moreira soma 36 jogos em 2025 com as cores do Vasco da Gama com seis golos e seis assistências.

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