Estudo: Atuação apática faz torcida olvidar a última goleada

A rota manteve o time na 16ª colocação, à ourela da zona de rebaixamento, com os mesmos 19 pontos do Vitória e agora com unicamente um jogo a menos. O Juventude, por outro lado, ficou mais perto de transpor do Z4, aproximando-se do próprio Vasco. É 18º com 18 pontos.

Sem Jair, suspenso, o técnico Fernando Diniz optou por iniciar com Thiago Mendes uma vez que titular. O lateral-direito Paulo Henrique, com uma indisposição, foi velhacaria de última hora, substituído por Puma Rodríguez. A principal mudança em termos táticos foi a volta do centroavante Vegetti, que retomou a vaga de titular ocupada por David na goleada.

Tecnicamente, o jogo foi condicionado logo em seus primeiros segundos, em pênalti palhaço de Lucas Piton, que bloqueou com a mão um interceptação de Reginaldo. Nenê exerceu a “lei do ex” e cobrou muito para penetrar o placar. Não comemorou, em reverência ao pretérito no cruz-maltino.

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Estonteado com o gol, o Vasco pouco conseguiu fabricar até suportar o segundo, com Gabriel Taliari. O atacante recebeu ótimo passe em profundidade de Batalla, que Lucas Freitas não conseguiu trinchar. De frente para o goleiro Léo Jardim, o camisa 19 não perdoou.

Limitação tática

Foi só depois de levar o 2 a 0 que o Vasco conseguiu se situar no jogo. Passou a ter mais a esfera pelo meio, enquanto o Juventude se preservava, mas esbarrou em nítidas dificuldades ofensivas.

A volta de Vegetti voltou a condicionar o time em outro paisagem: o tático. Com o prateado em campo, o time deixou para trás o jogo bravo e de invasão de espaços no último terço e explorou mais a principal arma do atacante: a esfera aérea. Só no primeiro tempo, foram 15 tentativas de interceptação, quase o duplo das oito nos 90 minutos contra o Santos.

O retorno à antiga proposta também impactou o jogo de Coutinho, que voltou a partir do segundo terço do campo nas transições.

— Não é questão de insistência. O Vegetti fez ótimas partidas, é o bombeiro do time, inclusive comigo, não é só antes de eu chegar. Não dá para a gente colocar a culpa no Vegetti, o time todo foi aquém. O que ele tem a ver com o primeiro ou o segundo gol, por exemplo? (O time) Jogou muito contra o Santos e jogou muito contra CSA, em que o Vegetti estava jogando. Poderia ter feito seis, sete gols no primeiro tempo. Contra o Atlético-MG também não jogamos mal, o Vegetti não jogou mal, era para termos vencido. Obviamente que há uma possibilidade de jogar sem o Vegetti, mas não dá para averiguar de uma maneira linear e descobrir que o Vegetti não pode jogar de titular. Muito pelo contrário — argumentou Diniz.

No segundo tempo, o técnico tirou o prateado, mas optou por manter um varão de referência na espaço, com o jovem GB. Thiago Mendes também deu lugar a David numa escalação ultraofensiva, que depois ainda ganharia uma risco de três defensores com a ingresso do lateral Victor Luis.

Zero disso deu notório, e o que se viu foi uma noite para olvidar para o cruz-maltino. Taliari quase fez o terceiro em cabeçada muito defendida por Léo Jardim. O Vasco chegou a terminar o jogo com 77% da posse de esfera, mas a melhor chance foi em um chuto de fora da espaço de Coutinho.

Há 16 anos sem lucrar do Juventude no Jaconi, o cruz-maltino agora se prepara para um confronto direto com o Corinthians, em São Januário, no próximo domingo.

— O jogo contra o Santos passou. É jogo a jogo, não viemos pensando naquele jogo. É difícil falar, mas a arbitragem foi muito duvidosa, não dava falta, o goleiro fez cera o jogo inteiro — reclamou Tchê Tchê.

A histórica goleada por 6 a 0 sobre o Santos, no último domingo, não rendeu a perenidade próspera que o torcedor do Vasco esperava. Ontem, em jogo moroso pela 14ª rodada do Campeonato Brasílico, no Alfredo Jaconi, o cruz-maltino se viu duplamente condicionado — pelo gol no início e pela presença de Vegetti —, voltou à estaca zero em termos de performance e foi derrotado pelo Juventude por 2 a 0.

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